Com o aumento do número de faculdades de medicina e as poucas vagas de residência médica disponibilizadas para profissionais recém-formados, surge a necessidade de oferecer outras formas de capacitação e aprimoramento destes profissionais para serem, então, inseridos no mercado de trabalho. Essa demanda pode ser suprida através de cursos de especialização e pós-graduação em instituições de ensino superior devidamente qualificadas e engajadas no constante desenvolvimento acadêmico.

A longevidade vem aumentando em todo mundo e, paralelamente, cresce também o número de doenças neurodegenerativas e a necessidade de se oferecer assistência e intervenção de qualidade ao paciente que se encontra com doenças em fase avançada de evolução clínica e em casos de doenças
crônicas como demências, doenças do neurônio motor superior e inferior, entre outras. Crianças e adultos também podem desenvolver doenças crônico degenerativas, demandando atendimento especializado.

A Fisioterapia neurofuncional é a área de especialidade da Fisioterapia que atua de forma preventiva, curativa, adaptativa ou paliativa nas lesões resultantes de danos que abrangem tanto o sistema nervoso central como o periférico, bem como àqueles com doenças neuromusculares (do neurônio
motor, da placa motora e do músculo propriamente dito – miopatias). O fisioterapeuta neurofuncional tem a responsabilidade de avaliar o paciente, dar o diagnóstico cinético funcional, prescrever o tratamento e realizá-lo. É responsabilidade deste profissional também definir o
momento da alta destes pacientes. Importante salientar que sua atuação não se limita ao tratamento das lesões já estabelecidas, como também desempenha ações relacionadas à prevenção, tanto primária como secundária. Este profissional pode atuar em diversos cenários como clínicas, centros
de reabilitação, hospitais, UTIs, centros desportivos adaptados ou mesmo em postos de saúde.